

Cemitério dos Escravos, Torre Sineira da antiga Igreja de N Sra da Piedade, Porto de Iguassú. Lugares que representam o início do país, remontam o que foi a importante Vila Iguassú.

As terras onde surgiu a antiga Vila Iguassú eram habitas por Índios Tupinambás (apelidados de Tamoios). A região começou a ser explorada após a invasão e expulsão dos Franseses com extermínio dos povos indígenas. Assim, a rede hidrográfica da Bacia do Rio Iguassú começou a ser utilizada
Em 15 de janeiro de 1833, as margens do Rio Iguassú, foi criado o Município de Iguassú que surgiu a partir da Vila de Iguassú que teve seu processo de criação no início do século XVI. Na época a região era o centro regional da cidade que ligava o Vale do Café e o porto do Rio de Janeiro. Era onde se iniciava a antiga Estrada Real do Comércio que chegava até o porto de Ubá, atual distrito de Andrade Pinto, em Vassouras.
A antiga Vila Iguassú surgiu como qualquer outra vila. Ao buscar novas terras e caminhos novos, o homem, adentrou em terras brasileiras povoando as margens dos rios, construindo capelas, cemitérios e casas com enormes plantações. A colonização e fundação da vila ocorreram através dos portugueses que navegaram pelos rios e se firmaram na região.
Na vila foi fundada a antiga Capela de Nossa Senhora da Piedade a mando de Alferes José Dias de Araújo, no ano de 1699. Em 1751, o bispo do Rio de Janeiro, D. Frei António do Desterro, concedeu ao povo de Iguassu a honra da adoração do Santíssimo na Igreja de N. Sra. da Piedade do Iguassu e foi criada a paróquia em 1755. Feita de pau-a-pique, a igreja começou a ruir e em 1760, o povo começou a construir uma nova igreja, de majestosa arquitetura. A obra durou 33 anos e hoje o que resta dela, infelizmente é somente a Torre Sineira.

Junto a antiga igreja, existe um cemitério apelidado de “Cemitério dos Escravos” que se deu devido à morte de treze indivíduos, entre os anos de 1782 e 1798, que eram ex-cativos ou descendentes de escravos que tinham bens, mas eram pretos e pardos forros. Estes trezes indivíduos foram enterrados, em covas, no interior da Igreja de Nossa Senhora da Piedade do Iguassú.
Na antiga vila se encontram dois antigos cemitérios, que na real não se chamam dos escravos, o mais acima Cemitério da Freguesia da Piedade do Iguaçu, ainda em funcionamento e o abaixo, que só resta ruínas, Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, onde existe um jazido diferenciado, que chama atenção dos curiosos. Pelas informações do historiador Hugo Delphim, é o túmulo do Comendador Bento Domingues Vianna, fazendeiro e negociante na Vila de Iguassu, além de dono do lendário Porto do Vianna.

Num primeiro momento o transporte ocorria pelo Rio Iguassú, mas com o passar dos anos D. Pedro II decidiu que deveria ser realizado por ferrovias e em 1858 inaugurou a Estrada de Ferro Dom Pedro II, e em 1886 a antiga Estação da Vila Iguassú, que fechou em 1964, acabando de vez com a vila. E as estradas de pedra construídas pelos escravos, por onde chegavam o ouro vindo de Minas Gerais como pagamento de impostos e levavam o café produzido na região passaram a ocorrer por ferrovias que os ligavam até o que hoje chamamos Central, localizada no centro do RJ.
Com um surto de Malária que assolou e devastaram moradores da região, a criação da estrada de ferro, iniciou-se o crescimento do Arraial de Maxambomba. Por conta disso, foi realizada a transferência da sede do município para um novo centro econômico. Em 1916, Maxambomba passa a se chamar NOVA Iguassú, por isso o nome do município, pois ja existiu uma Velha Iguaçu.
Em várias partes da região da antiga vila, encontrasse muitas ruínas, ainda escondidas que precisam de uma atenção, ja que a prefeitura quer transformar o local numa "Paraty" da baixada, é preciso explorar mais a localidade!
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